terça-feira, 25 de outubro de 2016

PRODUZINDO TEXTO

Como iniciar o processo de produção textual

Roda de conversa
Assim que os alunos já souberem os que são os gêneros textuais, como são compostos e diferenciá-los, além da importância da leitura e o que esse hábito trás de benefício, falta entender que uma história deve ter um início, um meio e um fim. Para isso, o professor pode se utilizar de exemplos contando algumas histórias já conhecidas por eles (como contos de fadas) tirando partes da mesma, para que eles percebam que não há sentido algum se cortar algumas partes. Aqui vai um exemplo:
Chapeuzinho vermelho
“Era uma vez uma menina graciosa, conhecida por chapeuzinho vermelho. Ela morava com a sua mãe e sempre visitava sua avó que morava numa casinha localizada na floresta. Um belo dia, chapeuzinho foi levar a ela uma cesta de guloseimas, e desobedecendo a sua mãe, resolveu seguir caminho pela floresta e não pela cidade. Eis que surge um lobo. Na casa da vovó chapeuzinho percebe que há uma coisa estranha com ela e lhe pergunta: Vovó, que olhos tão grandes você tem... E o lobo respondeu: É pra te comer!

Um caçador que passava por ali aproveitou que o lobo estava em sono profundo, tirou a vovó de dentro da barriga do lobo, e encheu a sua barriga de pedras. Todos viveram felizes para sempre!”
Fez sentido a história? Possivelmente os alunos dirão que faltam muitas partes: como a chapeuzinho encontrou o lobo, como ele chegou à casa da vovó antes dela, ditar que ele comeu a vovó, citar as três perguntas que a chapeuzinho fez a ele e de que maneira o caçador chegou até ali. Dessa maneira fica mais fácil de compreender a importância de um começo, de um meio e de um fim de uma história. O professor pode também dar outros exemplos com outras histórias tirando o início ou o fim para os alunos identificarem o que falta. Assim eles compreenderão a importância dessas três partes. A partir daí, pode-se começar a produzir uma história, uma sugestão é uma atividade que nomeio como ciranda literária.

Ciranda Literária

Desenvolvimento da atividade: Num saquinho conterá palavras diversas, pelas quais deverão ser sorteadas pelos alunos (que estarão dispostos em uma roda) para a confecção de uma história coletiva. Um aluno começa a história sorteando uma das palavras do saquinho. Essa deverá comparecer no trecho em que ele inventar. Ao iniciar, o próximo continua do momento em que o colega parou, e assim sucessivamente até o fim da história. Enquanto contam, o professor da turma ou até mesmo um aluno a registra. A mesma deve ser lida e relida a todo o momento pra que eles identifiquem o que falta, completando-a de forma coerente.

OS GÊNEROS LITERÁRIOS

Diferenciando os gêneros literários

Ao começar a introduzir o hábito de leitura no aluno, o professor deve introduzir conceitos sobre os diferentes tipos de gêneros literários para que ela possa assimilar os textos aos seus gêneros, pois cada um tem uma forma diferenciada de escrita, começando pelo poema e conto que tem formatações distintas.
Os gêneros literários foram definidos por Aristóteles, em sua obra: Arte Poética na Antiguidade greco-romana, quando também surgiram as primeiras manifestações poéticas da cultura ocidental.
Existem três tipos de gêneros: narrativo, lírico e dramático. Será focado aqui no gênero narrativo. No gênero narrativo, também conhecido como épico, há a presença de:


Narrador: aquele que conta, narra a história.
Exemplos: Era uma vez, Certo dia...

Personagens: podem ser pessoas, animais ou até mesmo objetos que participam da história, realizando ações.
Exemplos: Maria, João, Coelho...

Espaço: Local ou locais em que ocorre a história.
Exemplos: na escola, no quintal, em casa...

Tempo: Cronológico. Momento em que ocorre a história.
Exemplos: pela manhã, à tarde...

Pertencem a esse gênero várias modalidades, dentre elas, podem ser destacadas alguns para serem trabalhadas com alunos de 1º a 5º ano:


Fábula: Os personagens são animais que pensam e se portam como seres humanos. As fábulas terminam com moral, podendo estar explícita ao final da história ou implícita no próprio texto.

ContoHistórias curtas, que na maioria das vezes é iniciada por “Era uma vez” e terminadas por “E foram felizes para sempre!”

Crônica: Geralmente são histórias humorísticas que relatam o cotidiano do personagem. 

Poema e Poesia: São textos repletos de rimas, organizados em versos e estrofes.

Referências Bibliográficas:

GÊNEROS literários: Infoescola. Disponível em: http://www.infoescola.com/generos-literarios/. Acesso em: 11/10/2016.

FÁBULA, parábola e Apólogo: Infoescola. Disponível em: http://www.infoescola.com/redacao/fabula-parabola-e-apologo/. Acesso em: 11/10/2016.

EDUCAÇÃO INVERTIDA

Aluno como protagonista

Esquema da sala de aula tradicional
O processo de aprendizagem tradicional, em que o professor repassa um conteúdo pronto para os alunos que nunca foram questionados sobre a vontade de aprender, vem sendo transformado. Ao colocar o aluno apenas como receptor de determinados conhecimentos, a escola está limitando a capacidade dele de conectar seus conhecimentos prévios e vivências ao conteúdo escolar e debatê-los.
Aluno desinteressado
A ideia é que haja um novo processo de educação em que as experiências pessoais são consideradas e servem como conteúdo de aprendizado. Dessa maneira, o aluno pode sim compartilhar os seus conhecimentos aos demais colegas de classe, afinal, ele não aprende só na escola. Através dessa troca de informações, não apenas os alunos, mas o professor também aprende, pois, as vivências são diferentes e variam de pessoa a pessoa.
Nesse sentido, poderiam ser adotados propostas pedagógicas voltadas à
Professor como protagonista.
valorização da aprendizagem ativa e o espírito investigativo, criando condições para que o aluno seja autor e ator no processo de aprendizagem. Mas, por onde começar?
O professor pode sugerir aulas mais interativas, onde o aluno pode trocar informações com os demais e trazer experiências para a sala de aula. Dessa maneira, a aula se tornaria mais interessante, chamando mais a atenção do educando. Muitas vezes aquilo que o professor explica em aula não é compreendido pelo público, e ao trocar
Mesas redondas proporcionam
o contato entre os alunos.
informações com o colega, consegue entender o conteúdo, isso é absolutamente normal e confirma a importância não só da participação da criança, mas também da sua inserção como protagonista da aula, através de pequenas peças teatrais, apresentações, rodas de conversa, contação e recontação de histórias, e várias outras maneiras mais. Essa maneira de ensinar, pondo o aluno como protagonista se chama educação invertida, onde o professor não mais é o foco da aula, e sim o aluno. Essa prática pode e deve começar desde cedo, sendo mais intensificado nos anos iniciais do ensino fundamental, junto a fase de alfabetização da criança.
Dentro dessa temática, a literatura está inteiramente presente. Os
Troca de informações
(Aula diferenciada)
livros infantis e infanto-juvenis trazem histórias pelas quais nos fazem voar, aprender brincando. Sem contar que muitos deles trazem informações importantes para agregar ao repertório do aluno, possibilitando o desenvolvimento de atividades descontraídas e divertidas, tornando a aula mais prazerosa.

    Referência Bibliográfica:

  COLÉGIO MARUPIARA. Alunos como protagonistas do aprendizado. Disponível em: <http://www.marupiara.com.br/alunos-como-protagonistas-do-aprendizado/>. Acesso em: 27/09/2016

domingo, 18 de setembro de 2016

POR ONDE COMEÇAR?

O vídeo também pode ser usado para apresentar uma história. Há várias maneiras de representação além da leitura e do contar, uma delas é a mídia, que chama muita a atenção do aluno. O professor pode levar o vídeo a seguir para a turma e a partir daí mostrar ao aluno usando o exemplo de Meena, o universo incrível da leitura. 


A animação conta em forma de curta a história do livro: A menina que odiava livros (Manjusha Pawagi). Na casa de Meena havia livros por toda parte, pois os pais dela amavam os livros. E Meena odiava todos eles. Um dia o gatinho de Meena derrubou uma pilha de livros infantis e de repente... Não vou contar o restante, só direi que esse acontecimento leva Meena a conhecer o fantástico mundo da literatura.



sábado, 17 de setembro de 2016

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA


Quando se inicia o hábito da leitura?

A leitura nos faz viajar pra longe, s
Nos dias atuais, por consequência da globalização crianças, jovens e até mesmo adultos não pegam mais o bom e velho livro para se ler. As redes sociais estão cada vez mais em alta, e por serem divertidas, todo um publico preferem passar o seu tempo livre utilizando-a. Visando essas pessoas, encontra-se livros digitais, o que é ótimo para agregar ao conhecimento desse tio de leitor que não sai da “telinha”.
O hábito de leitura ajuda na escrita
A escrita é encontrada em todos os lugares, seja em placas, avisos ou até mesmo nas redes sociais. Mas será que apenas esse tipo de leitura forma uma pessoa? Difícil, não é mesmo?! Dessa maneira pode-se dizer que o tempo todo estamos lendo alguma coisa, seja ela qual for. A partir dessas informações, cria-se uma pergunta: Quando e deve iniciar o hábito de leitura e de que maneira?
Pode-se ser despertado o interesse da leitura na criança antes mesmo dela começar a ler. Parece piada, mas é verdade! Mas, de que maneira? Mostrando a ela diversos livros, deixando-a tocar e até mesmo dizer o que vê ali. É essencial que se comece a leitura desde cedo, criando o interesse na criança por ouvir histórias, se encantando e começando a desenvolver nela o desejo de se tornar um leitor.
O hábito da leitura pode começar cedo...
Como visto, o incentivo à leitura contribui para que a criança não só amplie o seu vocabulário (conhecendo palavras novas), mas também melhore a sua escrita (se esta já for alfabetizada), além de desenvolver a criatividade e a imaginação, proporcionando novas aprendizagens. É válido citar que a leitura melhora o desempenho escolar dos alunos.

Dica de cantinho da leitura.
Para que tudo isso ocorra, o educando precisa ter acesso a livros, e estes pode estar disposto na própria sala de aula, se possível. Além de chamar a atenção, ficam lindos, além de “acostumar” todos que convivem ali com esse tipo de objeto capaz de mudar toda forma de pensar. Eles podem ser organizados em um local de fácil acesso como baús estantes baixas, ou até num cantinho da leitura.
O documentário a seguir fala sobre a importância e os benefícios que a leitura nos trás a partir da fala das próprias crianças:



terça-feira, 13 de setembro de 2016

O SURGIMENTO DA LITERATURA INFANTIL


A História da Literatura Infantil

Conceito de criança: 
"Adulto em miniatura"
Com o passar do tempo, o conceito de criança passa por modificações. Hoje a criança é entendida como um ser em desenvolvimento, detentor de mais direitos que deveres, diferente da forma em que ela era vista em tempos distantes. Até o século XVII o brincar era algo quase que desconhecido, porque desde cedo essa criança já participava de um universo distante do seu, pois era vista como um adulto em miniatura, sendo obrigada a se vestir e portar-se como tal. Isso fica evidente quando analisamos uma fotografia antiga. Somente a partir do século citado anteriormente esta vem ganhando reconhecimento como um ser frágil, que precisa de cuidados específicos, e essa preocupação se deu pelo alto índice de mortalidade infantil que havia nessa época.
Irmãos Grimm: iniciantes 
da literatura infantil.
Como citado anteriormente, a criança participava do universo adulto muito cedo, e com isso tinham contato com essa literatura. As que provinham de uma família nobre liam grandes clássicos, enquanto que as mais pobres liam lendas e contos folclóricos em forma de literatura de cordel, muito populares naquele tempo. A partir do momento em que esse ser começou a ser visto realmente como criança, a literatura infantil começou a ser escrita, com o intuito de ensinar valores à esse público.
Monteiro Lobato: O precursor da
 literatura infantil no Brasil
A literatura infantil iniciou-se na Europa, no século XVII através dos contos criados pelos escritores alemães mais conhecidos por Irmãos Grimm. Essa literatura apareceu no Brasil inicialmente com a tradução dessas obras por volta do século XIX, pois aqui não havia escritores infantis, até que no século XX, o escritor Monteiro Lobato começou a publicar obras destinadas ao público infantil. Após isso, outros autores se dedicaram a escrever para os pequenos, como Ziraldo e Ana Maria Machado.
Este pequeno vídeo conta um pouco sobre uma das mais belas criações do homem: A literatura infantil. Ele é organizado de forma cronológica, como um mini documentário, de maneira simples e totalmente compreensível, ilustrando os conhecimentos aprendidos aqui:



Referências Bibliográficas:

QUANDO surgiu a literatura infantil brasileira?: Bloguito. Disponível em <http://www.bloguito.com.br/quando-surgiu-a-literatura-infantil-brasileira>. Acesso em: Ago. 2016.

SILVA, Eduardo Rodrigues. A criança, a infância e a história: História e-história. Disponível <http://historiaehistoria.com.br/materia.cfm?tb=alunos&id=368>. Acesso em: Ago. 2016.